Não basta abrir a janela
para ver os campos e o rio.
Não é o bastante não ser cego
para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro
Para André Teles e Eduardo Sousa, que por terras andaluzas já estiveram.
2 comentários:
Que janela linda! Ela é simples, mas essa grade, ao invés de dar uma impressão de prisão, é muito delicada e traz, ao mesmo tempo, segurança e beleza para a foto! Amei! bjks!
Forte e delicada, talvez seja uma boa síntese gaditana.
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